quarta-feira, 24 de março de 2010

Instintos

Desde a sua descoberta, a razão tem sido superestimada em sociedade, como uma característica marcante de todo ser humano. Apesar de o raciocínio estar correto, com a evolução da nossa tão famigerada diferenciação intelectual, por razões culturais temos cada vez mais negligenciado aquilo que nos torna mais comum aos outros animais: Os instintos.
Historicamente, as religiões têm exercido grande influência sobre a nossa cultura, principalmente em convívio social, em especial as religiões cristãs. Portanto, em grande parte é através dela que nós ficamos cada vez mais restringidos. A questão explicita aqui é: não é mais fácil se adaptar e “controlar” os instintos tendo consciência deles? Não digo que se deve fazer tudo o que o seu corpo tem vontade, mas ao ter consciência disso, você irá usa-los de forma racional e livre, e ao seu favor. Não parece o mais obvio a se fazer!?afinal INSTINTOS NAO SÃO INIMIGOS, e por causa deles você está vivo.
Mas mesmo em um mundo de aparências motivado pela cultura aliada a crenças e temores, ignorar seus instintos se torna impossível, não importa o quão devoto você seja. Ainda que na vivência da pós modernidade, os fatores biológicos de nossa raça ainda são os mesmos de qualquer animal. Continuamos recebendo estímulos para realizar as mesmas funções em que fomos designados, evitamos a dor, procuramos o prazer, somos estimulados a procriar, a garantir a nossa sobrevivência, e a perpetuação da espécie.
Nascemos para exercer funções básicas para dar continuidade à espécie. No entanto, o domínio estritamente racional, vem nos levando na direção oposta a biológica. Aprendemos que seguir estímulos de forma livre é desobedecer e desrespeitar de forma direta, a presença divina. Por isso negligenciamos nossa “parte animal”, apesar de nos guiarmos por ela inconscientemente. Ignoramos a nós mesmos, e ainda buscamos que os outros façam o mesmo. Egoísta não?

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