quinta-feira, 15 de julho de 2010

Amor estereotipado

Um aviso...




...“antes de saltar, veja se está pronto para a queda”...




Um único momento é o que importa. Diante das diversas oportunidades tidas na vida, nenhuma é de longe mais marcante quanto o primeiro contato com um futuro amor. É um encontro imediato e profundo no qual aparentemente duas almas se sentem interligadas, em uma conexão tão absurda e com uma sensação tão boa que chega a ser inexplicável. É a sua alma gêmea a sua frente! Em qualquer lugar, a qualquer momento, pode ter alguém a sua espera ou disposto a se arriscar em uma nova aventura amorosa.
No entanto nossa mente nos guia através da criativa e fantasiosa visão do momento, pelo qual tivemos grande influencia externa para acreditar, ou seja, deturpamos fatos simples diante de um ideal narcisista apoiada por historias decorridas na infância.
Nesse post venho mostrar-lhes a muitas vezes distorcida visão de relacionamento que as pessoas têm, e a fixação das pessoas por tê-los.
Vivemos uma realidade onde relacionamentos são estereotipados justamente por assim parecer mais certo e por tentarmos sempre nos igualar as demais ideologias irreais (ou você nunca quis um estilo de vida igual ao dos filmes?). E através disso, pessoas tendem a se frustrar cada vez mais por tentar alcançar o inalcançável, e principalmente por depositar sua felicidade em expectativas alheias a outros.
Um dos problemas em relacionamentos muito comum hoje em dia é que ninguém entende qual a real intenção em se estar nele. Pessoas em geral tem medo de amadurecer e enfrentar suas inseguranças sozinhas, e ate mesmo de ficarem sozinhas. Então tentam a sorte em sua grande busca rumo ao nada, mais conhecida como “namoro”, como se a partir daí suas dividas consigo mesmas fossem quitadas com a presença de outra pessoa. É visto a partir daí um impasse: se ambos não têm maturidade suficiente para enfrentar e resolver seus problemas, como eles teriam competência pra resolver os de seus parceiros?
Como resultado ha uma distinta redefinição de significados, no qual se coloca amor como sinônimo de possessividade. Agora pessoas passaram a ser vistas como propriedades, tudo em nome de um ideal maior, o “amor”. Parece ate mesmo difícil de notar, mas no momento em que ocorre esse apego, resulta em um fator determinante para destruir uma relação, onde se instala o ciúme, e a paranóia, fator crucial que indica uma relação nada saudável.
Não pretendo apontar a solução ou a formula pra uma relação bem sucedida, muito menos venho afirmar que sou maduro o suficiente para isso, mas será realmente necessário recorrer a eles de maneira tão imediata? Por que adiantaria esperar qualquer coisa significativa de alguém, se você mesmo não se faz significante antes?A felicidade não é tão dependente a ponto de não poder ser alcançada por seu próprio mérito.

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